O grande salto criativo: o poder transformador da IA além da produtividade
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Setembro de 2025Compartilhe esta página
O grande salto criativo: o poder transformador da IA além da produtividade
Setembro de 2025Em um primeiro momento, a inteligência artificial foi associada principalmente à eficiência e à produtividade. Hoje, sua evolução aponta para um novo caminho: transformar-se em força propulsora da criatividade, que aproxima o momento da ideia de sua concretização.
Para falar sobre essa mudança — e sobre como a IA está democratizando o acesso a ferramentas antes restritas a poucos —, Andy Berndt, VP e Strategic Advisor do Google, conversa com Ramiro Sanchez, Sr. Director de Marketing para o Google América Latina.
Do impacto na geração e curadoria de ideias até a importância de priorizar a criatividade humana, Berndt compartilha sua perspectiva sobre o futuro do trabalho criativo e o papel da IA em expandir possibilidades para todos.
Assista ao vídeo e descubra como levar sua criatividade mais longe e mais rápido.
Sanchez: Por anos, a IA foi celebrada por ganhos de eficiência e produtividade. Mas agora a IA toma um novo papel na criatividade, auxiliando o mundo criativo. Para entender mais sobre isso e como a IA pode reduzir a distância entre uma ideia criativa e sua execução, vamos conversar com Andy Berndt, VP e Strategic Advisor da marca Google.
Sanchez: Oi, Andy, obrigado por estar conosco no AI Conversation.
Berndt: É ótimo estar aqui. É sempre bom voltar ao programa do Ramiro. É bom estar aqui.
Sanchez: Obrigado por estar aqui, Andy. Vamos falar sobre IA. Da produtividade à criatividade, vimos a IA muito focada em produtividade. Como você enxerga o papel da IA no processo e nas ferramentas criativas?
Berndt: No trabalho criativo, sempre usamos tecnologia. Em 1950, já existiam câmeras de filmagem, mas elas pesavam quase uma tonelada e custavam milhões de dólares. Pouquíssimas pessoas tinham acesso. Nós usamos tudo isso: tecnologia de edição, mais tecnologia de filmagem, usamos diversas ferramentas. Ou seja, estamos acostumados com cada vez mais tecnologia.
E a melhor parte desse avanço contínuo é que a tecnologia se torna mais acessível. À medida que essas ferramentas se democratizam, mais pessoas podem usá-las. Assim, cada vez mais talentos conseguem acessar as ferramentas. Isso aumenta as chances de surgirem mais criações surpreendentes. E a maioria das pessoas que está no mercado criativo há algum tempo entende isso. A chegada da IA é como uma curva que agora dispara para cima. O que uma pessoa consegue fazer com ferramentas acessíveis aumentou drasticamente.
Sanchez: Como disse Lorraine certa vez, a IA reduz a distância entre a visão e a execução.
Berndt: Exatamente, exatamente. A diferença é que agora uma pessoa pode levar sua ideia de uma ideia inicial até um vídeo completo. Sozinha. Pense nisso: até cinco anos atrás, quantas pessoas você precisava para fazer isso acontecer: equipe de filmagem, editores, todo esse aparato. Pouquíssimas pessoas podiam pagar por isso. E agora, você pode fazer tudo com seu celular e um computador. É realmente impressionante. Mas a visão criativa, a ideia criativa e o bom gosto continuam no centro de tudo. Sim. Sempre repito isso, mas fica cada vez mais verdadeiro.
Existem dois lados na criatividade: tem a geração e tem a curadoria. Geração é simplesmente criar alguma coisa. Curadoria é escolher, entre essas coisas, o que é realmente bom. É por isso que temos profissionais de criação e diretores de criação. Bom gosto, você precisa ter isso no papel de diretor. Já os criativos, produzem de tudo. Quero dizer, todos... quem é diretor de criação começou a carreira como criativo. Ou seja, você faz todo tipo de coisa esperando que uma delas seja realmente incrível. Depois, alguém vai lá, avalia tudo aquilo e diz: “Ah, este é incrível”. E aí você vai aprendendo isso ao longo do tempo. Agora, se posso criar mil coisas mais rápido do que nunca, ainda assim é preciso avaliar tudo aquilo e perguntar: “O que é realmente bom?” Acredito que sempre vai haver espaço para pessoas criativas e sempre haverá aquela fagulha. Eu não fico preocupado com esse papo de fim da indústria criativa. Eu penso nisso como mais acesso, mais pessoas, mais ferramentas.
Sanchez: Pensando no futuro da marca Google, à medida que a IA vai sendo integrada, como você enxerga a evolução da marca daqui para frente?
Berndt: É interessante, porque, para mim, o núcleo da marca sempre foi uma coisa e apenas uma: acesso. Se, por exemplo, existe uma ferramenta de IA, mas ela é tão cara que ninguém consegue usar, não existe acesso. Eu insisto nisso. E, para mim, essa é a essência perene da marca Google. Não acho que isso vá mudar. Isso é só mais um capítulo. Agora a curva está subindo desse jeito.
Sanchez: Vimos como a IA está encurtando o caminho entre a ideia e a criação e como isso ajuda o processo criativo. Com a gente, Andy Berndt. Muito obrigado.
Berndt: Obrigado.
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