O que viajar significa para você? Para alguns, é a chance de conhecer lugares novos e diferentes. Para outros, a prioridade é relaxar. E há também quem aproveite a viagem como o momento perfeito para estreitar laços com a família.
Independentemente da sua "praia", uma coisa é certa: os brasileiros pensam em viajar o ano todo — e não apenas nas férias escolares ou nos feriados prolongados. Inclusive, até mesmo o tempo livre de um feriado pode ser usado para planejar a próxima viagem.
Dados internos do Google mostram que a sazonalidade não é um imperativo para atrair viajantes. Pelo contrário: estar presente em momentos nada óbvios, com a estratégia certa, pode ser tão eficaz quanto marcar presença nos períodos mais disputados do calendário.
O interesse por viagens nunca tira férias
É verdade que as temporadas de férias escolares ainda concentram boa parte das viagens dos brasileiros. Mas o que as tendências de busca revelam é que o interesse por viagens se distribui de forma mais homogênea ao longo do ano, abrindo espaço para que as marcas se conectem com os consumidores em diversos momentos, e não apenas na alta temporada1.
Dados de uma pesquisa recente feita pelo Google, com 2000 viajantes, mostram que seis em cada dez brasileiros começam a planejar suas viagens de dois a seis meses antes da data2.
Isso significa que, enquanto muitos esperam fazer suas viagens em julho ou dezembro, a jornada de planejamento. com pesquisa de destinos, começa em março, abril ou setembro, por exemplo.
O padrão semanal também reforça esse movimento: as buscas por viagens atingem seus maiores picos entre segunda e quarta-feira, e o domingo aparece como um momento-chave de planejamento, quando o tempo livre desperta o desejo de organizar a próxima experiência3.
Como superar uma jornada cheia de barreiras?
Se o interesse por viagens é uma constante, o mesmo não se pode dizer da experiência do consumidor. Apesar do ato de viajar estar associado à autorrealização, o setor ainda enfrenta uma barreira significativa: viajar é a necessidade humana com maior grau de insatisfação entre os brasileiros.
As razões estão nos pontos de dor que atravessam a jornada do viajante4:
- Financeiro: 51% dos consumidores afirmam ter dificuldade em encontrar opções que caibam no orçamento, e o parcelamento segue sendo um recurso essencial em todas as classes sociais.
- Segurança: 52% se preocupam com imprevistos e segurança durante a viagem.
- Tempo: a compra de passagens aéreas e reservas de hospedagem é complexa e demorada para 30%.
- Saúde mental e física: para 38%, lidar com transporte, bagagem e documentos é estressante.35% relatam ansiedade no planejamento e desconforto em deslocamentos longos.
- Produtos e serviços: 30% encontram dificuldade em achar informações confiáveis e em concluir reservas; 27% reclamam de atendimento lento.
Ou seja: em alguns casos, viajar pode se transformar em uma grande dor de cabeça.
Por isso, é preciso evoluir a comunicação com o consumidor para além da ideia de oferta; é importante ajudá-lo a superar todas essas barreiras — seja transmitindo confiança, simplificando processos ou oferecendo mais personalização.
É nesse ponto que entra a oportunidade de usar tecnologia e inteligência de dados como aliados para encantar o viajante em cada etapa.
Pensando nisso, o Google idealizou, em parceria com ClickBus, Decolar, Localiza e Santander, o movimento #BoraFechar. A meta é ajudar os brasileiros a transformar o desejo de viajar em uma decisão possível, criando condições mais acessíveis e convenientes.
O movimento reuniu descontos agressivos e benefícios exclusivos em diferentes etapas da jornada, como passagens aéreas e rodoviárias, hospedagem, pacotes completos, aluguel de carros e até programas de fidelidade.
O foco foi simplificar as possibilidades de escolhas e reduzir as barreiras mais citadas pelos viajantes: custo, complexidade e falta de praticidade.
Afinal, se o desejo de viajar já está presente, o desafio é ajudar as pessoas a darem o próximo passo com confiança e sem adiar seus planos.
Transformando dados em mais oportunidades
Se o viajante brasileiro pensa em viajar o ano inteiro, o papel das marcas é estar presente de forma relevante em todos esses momentos, da inspiração à reserva. Para isso, três caminhos se destacam:
1. Apostar em estratégias always-on
É preciso desmistificar a ideia de que o interesse em viagens e assuntos do gênero se limitam a temporadas específicas, como as férias escolares. Na verdade, os dados mostram um padrão de interesse homogêneo ao longo do ano, como citamos anteriormente, além de picos em dias como segunda e quarta-feira.
Isso significa que campanhas contínuas podem capturar esse movimento com mais eficiência do que ações pontuais. Estar presente no domingo, por exemplo, pode ser determinante: mesmo com menos buscas totais, o interesse relativo por viagens é maior.
2. Personalizar a comunicação de acordo com o perfil
Uma pesquisa do Google com a Offerwise5, realizada em janeiro de 2025, identificou quatro perfis distintos de viajantes: Afetivo, Intenso, Reflexivo Cultural e Conectado com a Natureza. Cada um tem motivações próprias, que vão de descanso com a família a experiências culturais profundas.
Dados do Google mostram que anúncios personalizados aumentam em mais de 20% a preferência pela marca, e 83% dos consumidores são mais propensos a comprar quando recebem uma mensagem relevante6.
Personalizar a comunicação por perfil é um diferencial competitivo – e o uso inteligente de first-party data potencializa esse processo. Ao combinar o conhecimento do próprio consumidor com insights sobre o comportamento e as motivações do viajante, as marcas criam conexões muito mais duradouras e significativas.
3. Usar inteligência artificial para reduzir barreiras
A tecnologia também é uma aliada para simplificar jornadas complexas. 68% dos brasileiros já usaram IA generativa, e 27,8 milhões afirmam ter recorrido a ela para tarefas relacionadas a viagens, como pedir recomendações e montar roteiros7.
Para os profissionais de marketing, isso abre espaço para usar a IA tanto na criação de experiências personalizadas para o consumidor quanto na otimização de campanhas.
O projeto ARIAS Viagens, por exemplo, mostrou que anúncios com a palavra “ofertas” aumentam o engajamento em 4%, enquanto o termo “promo” reduz em 8%. Já a presença de pessoas felizes em anúncios de pacotes pode aumentar o engajamento em 16%8.
Todas essas práticas combinam dois fatores fundamentais: acompanhar o viajante ao longo do ano e entregar mensagens que falem diretamente às suas necessidades e desejos.
É assim que as marcas podem acompanhar de perto a jornada do viajante brasileiro e tornar possíveis as experiências que ele deseja viver.