É tempo de repensarmos a forma como distribuímos nossos conteúdos de marca, estando mais presente simplesmente onde o consumidor está. Saiba mais em Think with Google.
No ano passado, o Google divulgou uma pesquisa que apontava um novo hábito de entretenimento do brasileiro: consumir informações em mais de uma tela ao mesmo tempo. Um ano atrás, havia no Brasil 30 milhões de consumidores multitelas, hoje são 40 milhões.
É preciso pensar em uma estratégia de vídeo multiplataforma. Já não faz mais sentido pensar separadamente em TV e vídeo online nos planos de Mídia
Consumimos tudo online, mas os vídeos se tornam cada vez mais populares: 70 milhões de brasileiros já assistem a vídeos na web. Em média, estas pessoas assistem a mais de oito horas semanais de vídeos na internet. Há ainda um grupo bem grande - 24%-, onde estou incluída, que gasta quase o mesmo tempo assistindo a TV e vídeos online.
A pergunta que faço às empresas é: vocês estão falando com seu consumidor onde ele está e da forma que ele quer?
Com base em 12 campanhas publicitárias estudadas, checamos o papel dos diferentes meios (site, TV, revista, vídeo online, etc) na construção de percepção de marca e, em especial, o papel do vídeo (tanto tradicional como online).
Sim, o vídeo continua tendo papel essencial em uma campanha. Ele é responsável por 72% de todo o impacto de percepção de marca, mas hoje esta percepção não é alcançada somente com campanhas para a TV. É preciso pensar em uma estratégia de vídeo multiplataforma. Já não faz mais sentido pensar separadamente em TV e vídeo online nos planos de mídia. Do impacto de uma campanha de vídeo gerado para uma marca, 54% vem da tradicional propaganda veiculada em televisão e 46% vem do conteúdo da marca em vídeos online.
Um típico plano de vídeo segue uma proporção bastante discrepante: em média, 93% do investimento costuma ir para vídeo tradicional e somente 7% para os vídeos online. Quando a estratégia de vídeo é integrada (Vídeo Tradicional/TV + Vídeo Online) há 40% mais impacto em KPIs de Marca/Comunicação e 30% mais recall de marca do que uma estratégia só de vídeo tradicional.
Esse resultado preocupante mostra que, apesar dos próprios executivos estarem assistindo a vídeos online, muitas das campanhas publicitárias desenvolvidas por eles investem em uma proporção muito diferente do que a realidade atual pede. Assim, é tempo de repensarmos a forma como distribuímos nossos conteúdos de marca, estando mais presente simplesmente onde o consumidor está.
Por Maria Helena Marinho, líder da área de pesquisas de mercado do Google do Brasil.